sábado, 15 de novembro de 2008

O sol brilha sobre a praça. Está um dia resplandecente. A esplanada vazia espera que os transeuntes se sentem para beber um café e fumar um cigarro. Quando não havia tema de conversa, observavam quem por ali passava.
Não se vê muita gente. Ouve-se o bater das ondas na areia e o chilrear dos pássaros.
Uns andam por aí a passear, outros no seu quotidiano nem se apercebem do que os rodeia.

Peço um café e acendo um cigarro. O sabor não me agrada mas é um passar de tempo. Observo um casal sentado numa das mesa da esplanada. Ele entretem-se com o telemóvel. Ela olha em volta, bebendo a sua chávena de chá. Ficam assim durante algum tempo e vão embora - já não há mais nada que os prenda ali.
O empregado de mesa passeia de um lado para o outro, de braços escondidos atrás das costas, esperando que alguém se sente para atender.
Nesta altura os dias são assim..
Daqui a pouco chega a minha hora. Não tenho mais nada a fazer aqui.

Cheguei agora, mas começo já a fazer a contagem decrescente para o meu último dia aqui. Parece estar tão longínquo. Relembro agora os tempos em que não me preocupava com nada. Havia sempre alguém que resolvia os meus insignificantes problemas.
As coisas mudaram e o tempo não volta atrás. Começa aqui a "minha" longa caminhada e não posso passar a vida a lamentar-me.

Amanhã é outro dia!

2 comentários:

disse...

Gostei! Estar a aprender finalmente que a vida não pode ser feita de lamentos e que de facto mais ng pode resolver os teus problemas senão tu mesma. é a lei de quem cresce.
Já vi que compraste tabaco...lol...
Boa forma de passar o tempo. Não vale a pena dizer te para não o fazeres.
Beijos

Anônimo disse...

Não vale a pena porque sabes que não me vício.. sou imune ao tabaco.. :D um beijo